Terapia Afirmativa (TA)
A terapia afirmativa busca ajudar aqueles com dificuldades de autofirmação de sua identidade em torno da sexualidade, identidade de gênero, expressão de gênero e muito mais. Indivíduos inseridos nas práticas da terapia afirmativa, tratam suas adversidades levando em consideração a sua identidade.
Na busca pela autoafirmação a pessoa irá explorar os preconceitos internos e externos, para entender quais influências não afirmativas a sua identidade estão tornando a sua vida disfuncional.
Entender a cultura LGBTQI+ não é um estilo vida, mas apropriação, internalização e construção da indetidade em torno da sexualidade, identidade de gênero, expressão de gênero e mais. A história e a cultura ajudam pessoas entender quem são, em qual momento da vida estão e quais direções podem seguir.
No atendimento clínico psicológico individual, ou seja, na terapia individual, o Psicólogo utiliza a Terapia Cognitiva Comportamental e Terapia Afirmativa. Forma de terapia, que baseia-se na idéia de que os pensamentos afetam as emoções (pensamentos negativos).
O foco são os pensamentos distorcidos, as percepções ou interpretações tendenciosas sobre si mesmo e/ou sobre situações do dia-a-dia, que levam ao sofrimento psíquico.
Atendimento clínico psicológico individual (Terapia Afirmativa):
- conflitos de identidade, sofrimento por sentir atração afetiva por pessoas do mesmo sexo;
- vida profissional, dúvidas se a homoafetividade irá influenciar negativamente no trabalho;
- abuso e diversão, viver a vida intensamente, causando prejuízos na vida, de forma geral;
- crises conjugais, o relacionamento deixou de ser prazeroso e passou a ser uma obrigação;
- família, dificuldade em construir uma nova visão de família e a homoafetividade;
- afetividade, não estabelecer vínculos afetivos duradouros ou deixar de acreditar que exista;
- conflitos culturais, sensação de ser excluído ou diferente do restante da sociedade.
Do Homossexualismo à Homoafetividade
A homossexualidade deixou de ser um transtorno em 17 de maio de 1990, quando a OMS - Organização Mundial de Saúde retira do CID - Classificação Internacional de Doenças o código 302.0, que se referia ao “Homossexualismo”, como sub-categoria dos “Desvios e Transtornos Sexuais - código 302”.
No Brasil as discussões chegaram pouco tempo depois e não só a medicina, como também a Psicologia e áreas afins abandonaram a idéia de que a homossexualidade seria uma doença ou como se referia o CID - Transtorno Sexual - Homossexualismo. O CFP com a Resolução CFP nº 001/1999, de 22 de março de 1999, orienta que todos os profissionais de Psicologia deixe de tratar a homossexualidade como um transtorno (homossexualismo) e também não contribua com qualquer atividade, evento ou serviços que proponha tratamento ou cura para as homossexualidades.